quinta-feira, 20 de junho de 2013

Na outra semana fui a Nova Iorque



Jantava com uns amigos, um deles é comissário de bordo. Queres vir a Nova Iorque depois de amanhã?, tenho um lugar para ti? O plano era estar lá 3 dias e voar de volta. Claro, respondi.
Chegámos a meio da manhã. Atravessámos uma das pontes para a cidade. Fomos almoçar ao Bryant Park. Estava sol quando cá fazia vento. Via pelo facebook queixas sobre o tempo. Eu almoçava no centro de Manhattan. À noite tentámos a nossa sorte da entrada num dos bares perto do High Lane. A fila era enorme. Miúdas de mini vestidos e cabelos soltos equilibradas em vertiginosos saltos altos. Outras com calças justinhas de pele preta acompanhadas com clutchs a condizer e pumps da Sacks Fith Avenue. Eles vestidos iguais ao terceiro andar da Barneys. Uma mão acenava-nos. Desconfiados ignorámos. O gesto tornou-se mais veemente. Reconhecemos um rosto. Um rosto de Lisboa à porta de um bar em plena Manhattan. Rosto de antigo conhecido. E assim conseguimos entrar.
A noite terminou sentados num passeio perto da Bowery Ballroom a comer um cachorro. O rosto conhecido perguntou-nos, não querem cá ficar uns dias. Ficam comigo, em minha casa em Brooklyn. Olhámos um para o outro. Eu não posso, tenho de ir no voo, tu fica se quiseres. E foi assim que fiquei mais uns dias em Nova Iorque.
Os dias seguintes passei-os em Broolkyn. Andei de bicicleta em Williamsburg. Comi bolos artesanais. Frequentei cafés com aspecto cool. Fui a Bushwick a mercados de rua. Nunca vi Paul Auster, infelizmente. A meio da semana levaram-me a uma festa num loft de alguém. Todos estavam vestidos com roupas claras. A música não era má. A cerveja continuava péssima. Mas eu não gosto de cerveja. Só atravessei a Brooklyn Bridge duas vezes. Uma para ir ao SoHo comprar uns ténis Commom Projects e ao Barneys para comprar uma camisola Jil Sander.
Com o fim-de-semana começou-se a fazer planos para ir até Montauk. Comecei a pensar que era altura de me vir embora. Ainda que quisesse continuar por lá. Talvez de vez. Mas tinha-a cá deste lado. A Ela, que não pode ir, e ao Gato Preto. E não tinha um emprego para poder ficar. Mas decidi ficar mais esse fim-de-semana. Apanhámos um autocarro que nos levou de Brooklyn até Montauk. Ficámos numa casa de madeira castanha com um relvado bem tratado na frente e um pequeno pátio atrás. Tinha dois pisos. Não havia quartos para todos, alguns ficaram na sala. A mim, o estrangeiro, o europeu excentrico, deram-me o previlégio de ter um quarto. Agradeci. À noite perderam a vergonha e perguntaram qual a nossa pancada por fatos de banho speedo e motas Vespa. Ri-me. Disse que os Speedo não sei e não é assim tão comum. E as motos vespa são cool e que eles nunca iriam perceber, é uma coisa mesmo europeia. Qualquer americano em cima de uma fica estranho em sem jeito. Mas um europeu em Itália ou Lisboa fica bastante cool.  Na manhã seguinte acordámos e fomos apanhar uma ondas. Porra que o mar era bem gelado apesar do sol.
No dia seguinte voltei. Oito horas depois estava nos braços dela e sentia de novos os seus lábios. Então, perguntou-me, did you have fun? Sim.      

5 comentários:

Vic disse...

Só espero qe voltes para a semana no mesmo dia e à mesma hora. Espero-te á porta da Barnes ans Noble na 5th Avenue. Serei aquele com um fato seersuckerazul claro, e spectators white and tan da Crockett and Jones e camisa rosa de linho do My Taylor.
Ah! e vê se a trazes contigo. Vais ver que ela vai gostar da conversa (sou um bocado tímido, mas com a conversa, começo a desenvolver :) )

E disse...

Lá estarei. Não garanto que já na próxima semana, mas numa outra. Eu aviso. Quero ir no Inverno, com neve. Dessa vez ela vai comigo. Só ainda foi uma vez. Mas também quer voltar. Não conseguiu ir desta vez. Essa livraria é muito boa. Já sabes, muito provavelemtne serei o tipo de ténis. Quanto à conversa, normalmente falo pelos cotovelos.

CAP CRÉUS disse...

Muito bom pá!
Tu aproveita!

sushi disse...

ehpah, quem me dera!

E disse...

;)
It was fun