terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Se eu lhe escrever um poema



Futurista escolho as influências de Álvaro de Campos. As máquinas dominam o mundo onde o Afecto esconde-se em becos e ruas sem saída. Onde protege o Coração para lhe entregar depois de A soltar da torre da fábrica que projecta nuvens negras de fumo para o céu cinzento. Correm os dois escondendo-se dos soldados feitos de metal velho e sujo. Correm deixando pegadas de esperança. Fogem deixando sorrisos nos rostos dos aprisionados. Onde as ruas são cheias de prédios que são pianos que perderam as teclas e não produzem qualquer som. Quando chegam à torre vêm o rosto Dela por detrás das grades. A gargalhada metálica está convencida que Ela nunca será libertada. O Afecto e o Coração saltam o mais alto que conseguem e juntos transformam-se. O fumo negro pára de fugir para o céu. As grades dobram-se e Ela é libertada.

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