quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mulheres



É fácil perceber porque é o título de um dos livros de Bukowski. As mulheres que amou. As mulheres que teve na cama. Entraram e saíram da sua vida. As mulheres que lhe deixaram marcas. A juntar àquelas que lhe desenham o rosto e marcam o tempo. As rugas da sua história. E é fácil perceber a influência ao ponto de castigar as teclas da máquina de escrever. Uma mulher mudou o curso da história. Uma mulher muda o curso da hisória de um homem. Um mulher faz um homem rir-se quando ele não quer. Uma mulher aconchega sempre ao dormir quem quer sonhar. A mulher é sempre a figura maior da mitologia. É sempre a figura maior de uma qualquer história. Com o seu perfume. As suas curvas. A sua dança. A beleza sensual. O êxtase sexual.

Musa divina, canta a cólera desastrosa de Aquiles
Assim começa uma das maiores histórias alguma vez escritas. E a mulher, a musa, é chamada logo desde o início. E nem o quase deus Aquiles é indiferente ao poder que emana dos poros que entram em contacto com o ar.

E séculos mais tarde. Com o chamamento intimo dos poetas. Com a construção frásica maior que a vida da sua escrita, Bukowski dedica páginas e páginas à mulher. Incógnitas apenas identificadas pelos nomes que podem nem ser os seus.


Homero era tradicional quando marcou todas as regras. É bélico. Séculos depois o seu nome é lembrado. Depois de ter invocado a musa que o tocou. Talvez à noite uma mulher tê-lo-á dito que o amava e ele teve a força para escrever as epopeias que marcaram a história conhecida. Bukowski fazia manguitos e gritava palavrões às regras. Muitas mulheres se deitaram ao seu lado e lhe deram o corpo. Ambos foram poetas.



After decades of slacking off at low-paying dead-end jobs, blowing his cash on booze and women, and scrimping by in flea-bitten apartments, Chinaski sees his poetic star rising at last. Now, at fifty, he is reveling in his sudden rock-star life, running three hundred hangovers a year, and maintaining a sex life that would cripple Casanova.


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