quinta-feira, 7 de março de 2013

O Gato Preto gosta de Klimt





Quando o quadro chegou a casa ele cheirou-o. Talvez gostasse das cores. Dos dourados e do olhar dela. Porque a seguir a ter cheirado olhou para ela. Não a do quadro, mas a que lhe faz festas sempre que chega a casa. Depois saiu do quarto quando o quadro ela levado para a parede. Passiou-se por outra divi~sões. Onde cheira outros quadros. Onde se deita em cima de livros que encontra. Gosta também de fazer dos ténis almoçada. Prefere os Vans aos outros. Não sei porquê. Gosta também de entrar na mochila quando me vê com a bicicleta. Gosta de ir cheirar o ar da rua. E lá vem comigo.

No outro dia parei um bocado nos Jardins do Campo Pequeno e pousei-o ao meu lado. Deitou-se no banco com a cabeça da minha perna. Olhei para e ele e por segundos ficamos a olhar nos olhos um do outro. Ele conhece-me quase desde que nasceu. Nasceu quando estava em Nova Iorque. Quando cheguei fui buscá-lo. Era pequenino. Preto, sem uma pinta do dourados das pinturas de Klimt que ele gosta. Fi ele que me disse que os gatos dormem com as costas encostadas em quem gostam e em quem confiam. Porque o perigo virá sempre do outro lado. Sorri condescendete, quando me disse isso. Somos tão diferentes, nós, as pessoas. Vocês, humanos, disse-me ele apenas com os olhos, são uns animais.

Sem comentários: