domingo, 21 de abril de 2013

Buda apareceu no Indie Lisboa

"(...) crês que seria melhor para todos eles abandonarem a doutrina e regressarem à vida do mundos dos desejos? (...) Não me compete opinar sobre uma outra vida! Somente sobre mim, apenas para mim devo julgar, devo escolher (...) in Siddartha

E depois de subir a Avenida da Liberdade, beber café num quiosque, ler mais uma páginas entrei no Indie Lisboa. Não acredito num mundo sem sonhos. O Indie mostra-os em película. Subi ao primeiro andar. Voltei a pedir um café antes das quatro curtas serem exibidas. Rodeado de rostos que não conheço. Quem conheço vai chegar atrasado. E quem também conheço está nervoso de ir apresentar o filme. Um filme que eu vou gostar e ainda não sei àquela hora. 

Um dia tentei escrever um guião. Estou a mentir. Um dia pensei em escrever um guião. Não sei como se escreve. Como não sei como se escreve contos, novelas ou romances. Até nem sei como se escreve num blog. Escrevo palavras e espero que juntas formem frases conexas. Bem, pensei escrever um guião. na minha cabeça vi-o completo. Já em 8 mm. A banda sonora estava escolhida. Mas quando me sentei ao computador só me saiu dois ou três parágrafos. 

Todas aquelas pessoas são adeptas do cinema. De cinema. Ou estão ali por uma qualquer outra razão. Amigos também de quem fez os filmes. Predomina as cores escuras que trazem no corpo. Como se fizessem todos parte de uma qualquer contracultura. Trazem debaixo do braço cadernos pretos. O Ípsilon e livros. Eu tenho tudo isso numa mochila. Bem como a máquina fotográfica que guardo para mim. A porta abre-se. Boa noite, boa sessão, dizem-me. obrigado. E na mão tenho um papel com as quatro curtas a concurso.
 




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