Uma coisinha ou outra sobre estilo

Não são precisas muitas cores. Acho que é preciso o tamanho e o corte certo. Nem muito curto nem muito comprido. É fácil apreendermos, é bastante difícil copiar. Bem sei.

Quando somos putos é ter pinta. Sabemos lá o que é saber vestir. O vestir bem. A expressão que ouvia do meu avó e que ignorava. As calças tinham de ser bastante largas e as t-shirts compridas para aparecerem por debaixo da camisola. Depois cresci e ignorei aquelas minhas regras quase na totalidade. Quando comecei a trabalhar tinha um colega que comprava revistas americanas e inglesas. E eu dava uma olhadela. Tipos bastante aprumados em fatos espartilhados e cores que eu nunca iria usar. Ouvia-o falar em sapatos italianos e fatos ingleses. E não percebia nada do que ele dizia. E ainda hoje não percebo metade das coisas. Das que oiço e das que vejo. Apenas percebo. Ponto. Como a foto de cima. Não sei se os sapatos são italianos. Se as calças são de um qualquer outro país feito por um alfaiate emigrado. Não sei, nem me interessa. Porque numa foto em que as cores são quase neutras, em que está um tipo simplesmente em pé de mãos nos bolsos é estilo numa só imagem. Captado pela lente de The Sartorialist. E por isso é que o tipo é o maior. O melhor.