domingo, 28 de julho de 2013

A verdade sobre o mundo corporativo de viver em conjunto


A primeira coisa é que existem regras. Como numa qualquer empresa, existem regras. Seja de vestuário. Seja de alimentação. Horários. E são regras não escritas. Que se apreendem. Muitas não são faladas. O que pode dar algumas pequenas chatices. Há gente que quando começa a trabalhar apercebe-se que se enganou no curso. Aqui, é o mesmo. Gostar não basta. Desejar é apenas uma mera importância a assinalar. E a segunda coisa é que não aprendemos coisas sobre a outra pessoa. Aprendemos coisas sobre nós. Sobre a nossa tolerância à invasão da nossa privacidade.

Há umas sextas-feiras atrás vi "De repente nos 40". Há uma cena, meio cómica meio trágica, em que a personagem do Paul Rud está de sanita com o iPad. E simplesmente está lá. A mulher entra. E ficam ali a olhar um para o outro. E depois lembro-me da história que li no melhor blog de todos, em que uma senhora caiu no poço e só aceita que o companheiro de anos lhe estenda a mão para a ajudar a sair. Aquele estender a mão é simbolicamente muito importante.
 
Mas o mundo corporativo de viver em conjunto é tramado. Existe dar graxa por vezes. Pedir aumentos. Mas, vamos acreditar, chegar a CEO envolve sempre muito trabalho. E aqui as coisas aproximam-se de forma quase igual. Nenhuma relação em conjunto sobrevive sem trabalho. Quecas ocasionais. Diárias. Semanais não são trabalho. São as pausas do café. Ouvir. Dar a mão. Ir comprar compridos à rua às cinco da manhã porque alguém tem uma dor de cabeça é fodido. E dá trabalho. Como deve dar a um CEO tratar de uma grande empresa. Mas depois, quando se é CEO, tem-se um carro fantástico. Um ordenado chorudo. E é isso que importa. Uma vida em conjunto recheada de notas que são anos de memórias.

Porque, existe um lema que nunca nos podemos esquecer: andamos todos ao mesmo, todos queremos ser felizes. E é sempre mais giro com alguém ao lado.

2 comentários:

Vic disse...

Ah! Sim. Disso não tenho dúvidas :)

E disse...

Grandes são os que pensam assim