terça-feira, 9 de julho de 2013

Nunca tinha reparado naquele anúncio da Tom Ford



Faço aquele caminho muitas vezes. Não digo todos os dias, mas quase. Mas talvez o anúncio tenha já sido visto por mim, mas eu nunca o tinha visto. No outro dia bebia café com uns amigos num espaço comercial. Onde elas passeavam de saltos altos e vestidos curtos. Cabelos impecavelmente penteados e sacos brancos nas mãos. Um deles queria ir comprar um perfume para a namorada. Tinha-se apercebido que o seu perfume preferido tinha acabado. E queria fazer uma surpresa. Uma surpresa que implicava ela voltar a ter o líquido doce para colocar na pele. E entrei com ele. Não sei porquê, fui também. Mas ao entrar vi o anúncio.
Mais tarde fui buscá-la. Ela desceu do prédio na zona nobre da cidade onde a publicidade tinha terminado por aquele dia. Mas nunca termina. Porque o iPhone toca sempre os e-mails nunca param. Mas desceu na mesma para o pé de mim. Demos um beijo e descemos a Av a pé apesar do calor. Tirei a gravata e desabotoei dois botões. Mais é exagero e um só não gosto. Claro, depende da camisa. Mas, dizia, descíamos a Avenida. Comemos um gelado no Santini. Não estamos em Itália, mas serão, talvez, os mais parecidos. Gostámos. Demos as mãos. Acabou o dia. 

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