quarta-feira, 3 de julho de 2013

O que existe para lá disto

Yes, like Clay I had two sisters, and my parents were divorced, and many of my friends were wealthy and did drugs and seemed promiscuous—or so I thought at the time. But I was a relatively well-adjusted kid. I mean, I wasn’t as severely alienated as Clay. I had a girlfriend. I liked to dance. I liked to joke around. I liked going to parties. I liked seeing bands. I loved movies. I enjoyed a lot of my life.


Breat Easten Ellis para a The Paris Review

Li a entrevista ao som de Punching in a  Dream dos The Naked and Famous e acho que fez sentido. Escrevo, publico e termina. O Ego morre. Ou apaga-se. Será? Sim, gosto de ténis. Tenho dúvidas existências de como será envelhecer. Não porque o tema. O tempo tem-me sido generoso. Sim, leio imenso. Mas pouco pelos meus padrões. Há uma livraria em Lisboa, na LX Factory com livros do chão ao tecto, que de si é bastante alto. Nunca contei quantos livros são precisos para chegar ao tecto. Sei apenas os que tenho em casa e são incomparavelmente menos. E há tantos que ainda quero ler. E o tempo, duvido, aqui não me será generoso. E é aí que percebo Larry. E Elliot, também.


Elliot e Larry são as persoangens principais, a meu, ver de O Fio da Navalha. Sou Larry quando quero ler, e ler, e ler, e ler. E sou Elliot quando gosto de sair. A festa está boa. Bebemos uma bebida fresca e dançamos no pátio. Ela leva as calças justas que lhe ficam mesmo bem. Tem as suas sabrinas pretas e parece mesmo uma parisience. O cabelo está arranjado no desalinho perfeito. O fio dourado está no pescoço com a letra do seu primeiro nome. Os lábios pintados de um rosa suave. Em alto, em anda sonora toca a Commom People. Mas a versão de William Shatner.
 


Dançamos às voltas de mãos dadas. Gritamos que somos pessoas comuns quando não o somos. Somos especiais. Todos somos. Ela é especial para mim. Eu sou especial para ela. E rodamos e rodamos e rodamos e rodamos. As pessoas olham para nós mas não faz mal.

 
E depois, escrevo, publico e termina. What is real?

3 comentários:

o mesmo de sempre. disse...

great! :)

o mesmo de sempre. disse...

de certeza que conheces o "rocketman" falado pelo Shatner, great stuff

E disse...

Conheço. O tipo tem uma voz do caneco para estas coisas.