segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Começa Assim

 
Na realidade não começa. É no prefácio que está esta frase. Mas eu gostei dela. Gostei quando com o livro na mão desci a Avenida da Liberdade depois de beber café. Passei por turistas com Leicas e Nikons na mão a olharem para os edifícios. O livro talvez não seja um romance, antes uma novela. E que são feitas das novelas hoje? Apenas estão nas televisões?
 
Tenho um amigo meu que é acérrimo defensor de contos. Adora contos. Falava-me das maravilhas do conto quando um dia destes bebíamos um café gelado num fim de tarde no Chiado. Eu, se tiver que escolher, sou pelas novelas.
 
Mas isto das novelas é uma coisa recente. Até há pouco tempo era pelos romances. Foi isso que pensei no outro dia quando passeava em frente das estantes. T-shirt simples verde e calções. O The Black Cat sentou-se ao pé de mim a ver o que fazia. Incapaz de escolher o livro que se seguia vim sentar-me à janela com o The Black Cat ao colo. Ali ficámos a ver as pessoas passarem na rua. Umas apresadas. Outras devagar. Umas bonitas. Outras nem tanto. mas todas pessoas. Todas involcros de sonhos, desejos e ambições.
 
Passou algum tempo e dei por mim era de noite. Vesti uma camisola cinzenta de capuz. Calcei uns Vans e vim à rua. Passeei pela Avenida de Roma para ir apenas beber um café. Gosto de ir beber café à rua. Nem que seja para ver pessoas.