Aqui como em Capri a terra é pequena. Os miúdos das gaivotas conhecem as miúdas da praia. Os que estão no apoio de praia e trazem bebidas frescas são amigos dos nadadores salvadores. Todos eles são bronzeados. Os policias que fazem a ronda conhecem-os também. E eu estou aqui sentado com os pés em água quente e os olhos no horizonte. Ao meu lado um casal de japoneses. Ele alto e musculado. Ela também alta e elegante. Leica com que tiram fotografias às escarpas e a eles. Do outro lado um casal da Califórnia que veio conhecer as nossas ondas. Ambos loiros. De sorrisos largos. Ele com calções Orlendar Brown e ela de trikini de padrões indígenas. Gostam disto, dizem. Têm ar de praia chic de quem conhece o mundo e ir de um lado para o outro é normal.
Eu eu vou ao mundo de tempos a tempos. O meu sonho é conhecê-lo. Já conheci o Met. Atravessei a Brooklyn Bridge. Parei e olhei para o Big Ben. Vi tudo do alto do London Eye. Desci os Campos Elísios. Procurei por Amelie no café. Subi as Ramblas. Maravilhei-me com a Sagrada Família. Entrei no Red Light District. Entrei nas águas quentes das ilhas gregas.
Ao final da tarde com uma sangria à frente os japoneses e os californianos percorreram outra parte. E contam-me. Disseram-me eles que viram o Quénia. E Bangkok. Apanharam ondas na Tailândia. Estiveram na Austrália. Conhecem o Chile. Visitaram o museu do Prado.
O mundo é um lugar fantástico.
2 comentários:
Eu, se pud€ss€, também vivia a vida a viajar sem parar. O meu sonho é ser Globetrotter.
É por aí sim, por €ss€s contratempos.
Mas, por incrível que pareça, tenho depois falta de fazer exercício durante as viagens.
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