terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Texas É Um Deserto

McCarthy escreveu e Fassbender e Brad Pitt vão interpretar as personagens.
 
O Texas. Afinal, o que representa o Texas? Para mim, nada. Mas representa uma vontade que eu tenho de descer e ir fixar-me noutro ponto do país. Onde as cidades são pequenas. Que ficam quase desertas no Inverno. Ela diz-me que me iria fartar. Que preciso de ver pessoas bonitas. Que preciso de ver e sentir a cidade.
 
A  personagem de Fassbender. Um advogado que se vê arrastado num mundo que não desejou. Tudo o que tem advogados eu vejo. Porque está aquilo que um dia quase que me tornei. Mas no fundo, serei sempre uma pessoa das leis. E  serei sempre uma pessoa que preza a justiça (dos homens? De Deus?...).
 
A todas as sextas-feiras espero por Ela no Príncipe Real para um café e uma pequena volta. Escolhemos aquele sítio porque gostamos. E na última vez falámos de Cormac. E falámos de eu gostar de ir para outra ponta do país.
 
Ela olhou para mim e disse-me que isso se deve à minha vontade de Conhecer L.A. Talvez ela tenha razão. Não sei como é que as coisas se ligam umas nas outras. Num dia leio Cormac e como ele só faz Sentido em Texas. Mas depois eu quero sair de Lisboa e gostava de ir para L.A.
 
Eu acho que Texas e L.A. são iguais. São liberdade. No Texas andar duas horas de carro é atravessar a rua. Em L.A. saímos das águas e entramos nas montanhas. E também há liberdade. Lisboa é como NYC. E Londres. E Paris. São cidades. E ficamos cá presos. Porque nos maravilhamos com elas. Mas L.A. é uma cidade, diz-me ela. Provoca-me. Desafia a minha teoria. E eu tenho de lhe dar razão. Que é uma coisa que faço constantemente.  
 

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