domingo, 6 de outubro de 2013

Acordar

Levanto-me. Estou no meu quarto. Na minha cama. Vestido como quando estava na festa. Chloe está na minha frente. Foi ela que entrou em casa. Camille está deitada em cima da cama a dormir. Porque desapareceste, Santiago? Fartei-me de procurar por ti. O Duarte disse que saíste à pressa. Tinhas o telemóvel sem bateria, ou desligado, fartei-me de te ligar. Debruça-se sobre mim e dá-me um beijo lento. Afasta-se um pouco, mas ainda perto. Estás doente? Estás quente. Coloca-me a mão na testa. Não, digo, adormeci e acho que tive um sonho. Ela está de costas para mim, desce o fecho do vestido. Nasce-me desejo por ver-lhe as costas sem soutien. Ela deixa cair o vestido e vira-se para mim. Fito-lhe o peito. Tens sonhado ultimamente, diz-me, oiço-te durante a noite balbuciar algumas palavras. Pergunto-lhe se percebe alguma coisa enquanto a continuo a apreciar. Não, palavras soltas, sem sentido. Volto-me a deitar de costas na cama. Segundos depois ele deita-se em cima de cima. Deixou toda a sua roupa no chão. O seu cabelo cai-me para a cara. Morde-me o lábio até me fazer uma ligeira dor. Toca-me. Eu toco-lhe. Sinto-lhe a pele roçar na minha pele depois de me desapertar a camisa. Sinto-lhe o peso do peito. Viro-a de costas e deito-me sobre ela. A sua respiração corre. Os olhos fecham-se. A minha respiração anda a compassos rápidos. Desaperto o cinto. Sonhei contigo na outra noite, diz-me ela antes de a penetrar e a última palavra, noite, foge-lhe dos lábios.  

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