quinta-feira, 17 de outubro de 2013

E O Nobel Vai...

Espero, para Malala. Porque me faz sentir pequeno, pequeno, pequeno. O que é que eu faço para mudar o mundo? Nada. O que eu faço para que isto seja uma merda um bocadinho melhor? Nada! E Malala faz há anos. E só tem 16 anos.
 
É apenas e só uma voz. Talvez. Mas é uma menina que diz ter o mesmo Deus que os Talibans. Mas isso não faz dela um deles. E por Talibans entenda-se alguém que passa por visões extremistas de uma qualquer fé. Não podemos nós, país criado sob a dogma da Igreja Católica, assobiar para o lado e esquecer a Inquisição.
 
Lutar pela Paz é tão utópico como necessário. Num mundo demasiado fodido, há sempre quem levante a voz e olhe para lá da maldade que todos nós temos dentro de nós. O Homem é um animal mau por natureza. Todos - sem excepção - já ultrapassámos alguém pela direita na vida. Já dissemos mal de alguém. Já criticamos. Já julgámos. Já descriminados. Tal como Malala. Não é perfeita. Mas com 16 anos luta por algo maior que ela própria.
 
Quando chagamos a casa temos a possibilidade de ligar a televisão. Todos tivemos possibilidade de ir à escola. Ler um livro. Aprender. Conviver com outras pessoas. E se tudo isso nos fosse negado em nome de uma qualquer fé? Talvez todos percebessemos o mundo em que Malala cresceu.
 
No secundário, com 16 anos, tive de fazer apresentações, e tremi de nervoso. Na faculdade, com 18 anos, tive orais, e tremia de nervoso. E em ambos só estava a ser julgado pelo que eventualmente sabia ou não. Com os mesmos 16 anos Malal foi a Nova Iorque e falou nas Nações Unidas. Disse que queria um mundo melhor. Lutou pela Paz.
 
Afinal, andamos todos ao mesmo, a tentar ser felizes. Ainda bem que há quem lute pela felicidade dos outros.  

2 comentários:

MAC disse...

Fiquei triste por não ter sido ela...
Que pessoa fantástica! Somos tão fraquinhos ao pé dela.. Não concordo muito com estas atribuições a instituições; acho que despersonaliza o conceito...

E disse...

Concordo contigo. Mas, no final, desde que seja a paz - real - que procurem, por mim também serve. mas continuava a que fosse ela a vencedora