Tom Ford tem 52 anos. Marc Jacobs tem 50. Ambos são americanos. Ambos estudaram na Parsons, em Nova Iorque. Ambos atingiram o reconhecimento como responsáveis por duas casas europeias. Tom na Gucci, italiana, Marc na LV, francesa. Antes, estiveram juntos na Perry Ellis.
Quando Tom saiu da Gucci a sua marca em nome próprio ganha relevo. Marc, está ainda na LV e a sua marca já tem relevo. Tom é sensualidade. Trouxe para a Gucci um certo chic hipsterismo antes do tempo. Marc é sexualidade e trouxe para para LV um certo dreamy aspect, deixou um certo grungy na sua própria marca. Tom tem um público. Marc tem um outro público. Um é charme e elegância. Outro é irreverência e um certo pedantismo.
Dois génios e dois percursos que se tocam e se afastam.
Agora que Marc parece deixar a LV, como será a sua marca e como será a LV?
A diferença maior, neste momento, é que o trabalho de Tom, nos últimos anos da Gucci, parecia tocar os primeiros tempos da sua própria marca. Já Marc, aproveitava a LV para dar largas a uma outra imaginção que parecia não caber na sua própria. Uma, a própria, é mais suja, a outra, a LV é mais limpa. Mas ambos foram respnsáveis pelos níveis a que a Gucci e a LV chegaram. Negar isso, é negar uma certa sociologia que acarreta a própria indústria da moda.
Não percebo tendências. Não sei para onde cada um deles vai caminhar. Nem me quero colocar a adivinhar. O que me parece é que Tom encontra-se mais completo na sua própria marca do que Marc se poderá encontrar. Parece-me que lhe vai faltar uma pequena parte de si.
A única forma de terminar este texto é com um cliché: Vamos esperar para ver.
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