quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Trazes-me Um Abraço Para Vestir?

Acabo de ler esta frase no facebook. Escrita por uma amiga minha. É uma frase fantástica. Daquelas que eu sinto inveja de nunca me ter lembrado. Gosto de frases curtas e secas. Gosto de meias frases. Gosto de frases duras. Para o bem e para o mal. É como o frio e o calor. Palavras pequenas de consequências grandes. E é aqui que entra a frase, uma frase curta e seca para afastar o frio. Um corpo rebola para o lado na cama nestas noites frias. E só um abraço vai afastar a pele enregelada. Despem-se pijamas, vestem-se abraços. Afasta-se o frio, chega a ternura. Adormece-se em companhia, sonha-se acompanhado.

 E tu, que braços vestes?

Visto os braços de quem amo quando me ama de volta. Naqueles dias em que pele com pele chega. Afastam-se as palavras. Queimam-se línguas. Em ardor de quem se apaixona no beijo húmido. Em que lábios são tomadas de iniciação. De estímulos de sexo prometido. Onde corpos com curvas. Corpos imperfeitos.  Corpos entrelaçam-se sem medos. Sem complexos. Sem razão. Fodem a experiência da união de dois. Que um dia foram um. Para se tornarem em comunhão um ser novo. Tudo, envoltos em braços que são abraços doces, ternos e eternos.

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