segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Teatro No Casino

Casinos é em Las Vegas. Cresci com essa imagem. Com a primeira parte d`O Padrinho tive a confirmação. Jogo e mulheres bonitas de vestidos compridos. Homens de fato, gel ou pomada no cabelo. Quando fui de férias a Vilamoura com os meus pais passámos ao lado do Casino. Perguntei o que era. O casino, filho, disse-me a minha mãe. Afinal Havia casinos fora do deserto. E senti-me como Johnny Deep na adaptação do livro de Hunter S. Thompson.Com sorte a ordem foi restaurada com Casino de Scorcese e depois com os Ocean`s. Na faculdade entrei pela primeira vez no Casino Estoril. Joguei uma moedas. Bebi uns copos. Tudo enquanto passavam por mim velhos ingleses de pele ressequida à espera de fazerem uns trocos ou dar um significado à reforma inglesa gasta na costa de Lisboa. Uns chineses de blazer e calças de ganga e sapatos preto gasto pontiagudos com notas nas mãos. Não gostei. Achei que era onde os sonhos iam morrer às mãos da sorte. No casino de Lisboa mudou um pouco a minha ideia. Podia ir ouvir música. estava mais perto. Mais acessível. Para mim e para homens e mulheres de 40 anos anos a cheirarem a tabaco de olhos fixos no vidro das máquinas. Miúdas giras a servirem mais um copo enquanto voltas a puxar a manivela. Elas e eles, os frequentadores, continuam tão gastos quanto o dinheiro que roda. O fumo é pesado e o ar foge. Em dia de teatro aperaltam-se mais. Elas são Odivelas Chic. Eles são Quebramar casual.




O Teatro?




Foi giro.

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