Beija-me. Gosto de ti. Adoro-te. Amo-te. Abraça-me. Amor não é paixão.
Mas adorar é amar. Amor, por definição não cabe na sua palavra. O rapaz
corre pelos campos para os braços da sua avó. Adoro-te, avó. Isso só a
Deus, filho. Ela vira-se de manhã para ele, coloca o queixo no seu peito
nu e olha-lhe nos olhos. Amo-te. Não se ama quem não se adore. Não se
adora quem não se ame. Diz-me que gostas de mim. Amo-te. Diz-me que me
queres. Adoro-te. Palavras por afectos. Uma troca, duas palavras, um
negócio de lucros bilaterais.
São as palavras mais fortes na bolsa de valores na relação de duas pessoas. Afectas à regra máxima do capitalismo, a sua cotação mais elevada quando mais procura. Até ao limite máximo da sua vulgarização. Duas palavras. O mesmo afecto. Duas palavras para escolhas feitas na insolvência do que não se sabe sentir. Adoro-te. Amo-te. Tu. No final, o meu afecto por ti.
São as palavras mais fortes na bolsa de valores na relação de duas pessoas. Afectas à regra máxima do capitalismo, a sua cotação mais elevada quando mais procura. Até ao limite máximo da sua vulgarização. Duas palavras. O mesmo afecto. Duas palavras para escolhas feitas na insolvência do que não se sabe sentir. Adoro-te. Amo-te. Tu. No final, o meu afecto por ti.
Sem comentários:
Enviar um comentário