segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A Decisão




As pessoas são chatas. E inconvenientes. “Quando vai escrever algo novo? Já tem algum tema? Ou história?”. Podiam simplesmente deixar-me em paz. Mas não. Têm de fazer aquelas perguntas vezes e vezes sem conta. O que me chateia e aborrece. Principalmente quando a história nasceu de combustão instantânea. Após a ressaca de ter sido abandonado por quem achava que gostava um bocadinho de mim. Afinal estava errado. Fiquei na merda, e sem nada para fazer escrevi. Coisas que ficaram por dizer. E eram coisas a mais. Palavras duras. Cheias de insultos. Que os sentimentos são uma bodega. Cheias de arrependimento por algumas coisas. E no fim, era algo que podia ser chamado de romance. Irónica escolha de palavras. Um romance sobre um romance desfeito. Bem, acho que podia ter sido pior. E agora? Pois, nem eu sei. Mas parece que vou ser obrigado a escrever qualquer coisa. Já passou um ano. Não está em lado nenhum que tinha de ser passado um, dois ou seis meses. Assinei a porra de um contrato que dizia simplesmente que tinha de escrever um outro livro. Então vou despachar o assunto. Vou escrever sobre o que se passou no ano seguinte.

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