terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Almoço no Chiado


No outro dia almocei com um amigo. Ali numa tasca com boa comida. Um trabalho dos diabos para mim, porque lá se foi a dieta vegetariana nesse dia. Fui gozado logo à partida. Insultado de vendido. Mas o meu prato tinha mais vegetais que o dele. Mas ambos tínhamos álcool à frente. E ambos somos uns fraquinhos. Demasiadas horas a beber coca-cola. O símbolo do imperialismo. O tinto fica guardado para estes almoços. E para os jantares. E esses normalmente já se sabe como acabam. “Como há duas semanas na casa do não sei quantos”. A não recordação do nome do anfitrião deve-se a demasiados jantares e demasiados copos. Um desses jantares terminou à frente de um ecrã enorme de um Mac a dançar para o outro lado do mundo no Chat Rolette. E a comprovar que existe muita gente doente por esse mundo fora. O almoço estava a correr bem. Porque nos riamos como uns perdidos. Não é preciso muito para dois tipos rirem-se. Duas miúdas giras com californianas olhavam de soslaio para a nossa mesa. Devíamos estar a falar alto de mais. Ou a rirmo-nos alto demais. Algo era. Ele pediu desculpa “às meninas, vamos fazer menos barulho”. Baixei a cabeça de vergonha. Ele riu-se. Elas ignoraram-no. “Então como vai a escrita?”. Pronto o almoço estava estragado. “Não podemos falar de futebol?”.

3 comentários:

Silvia disse...

*com falta de tinta para as raízes
:p

E disse...

Ahhaha, por acaso lembrei-me disso quando quando escrevi.

Silvia disse...

:D