quinta-feira, 28 de março de 2013

DOMA

Que quer simplesmente dizer Defense Of Marriage Act. Em apreço no Supremo norte americano a possibilidade de "liberdade de casamento". Tradução liberal.

Não vou mentir: já fui contra essa liberdade. E fui por razões simplesmente assentes em construções jurídico dogmáticas e retrogradas. Mas o tempo fez-me ver um outro lado. O das pessoas que se amam independentemente do sexo, da religião ou cor da pele. Simplesmente isso: amam-se. E querem ter aquilo que é por eles de direito enquanto parte integrante da sociedade: o reconhecimento da própria sociedade na forma do casamento.

Não interessa a importância que cada um dá à ideia de casamento. Para uns é importante, para outros não. Mas a possibilidade representa um reconhecimento daquelas pessoas como iguais. Um principio da liberdade. A liberdade de amar.

Estamos longe do ideal. Muito longe. Exemplo é que sempre que toco neste tema há pessoas que me enviam mail a insultar. Não querem comentar para outros verem aquilo que pensam. Enviam-me textos carregados de violência. Carregados de ódio. E eu simplesmente tenho pena. Porque talvez nunca tenham amado.

Chovem insultos. Do que sou. Do que posso ser. Do que queria ser. Mas sou apenas alguém que defende a liberdade. Uma liberdade que eu tenho apenas pelos meus gostos. Que não percebo que  quem tem gostos diferentes dos meus não possa ter essa mesmo liberdade.


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