quarta-feira, 27 de março de 2013

O meu cabelo está sempre melhor à noite

Esta é a história de um puto. Não sei o nome. Há uns anos li um artigo sobre o que fazer quando se vai a casa da miúda com que se está pela primeira vez. E o que não se deve fazer. Uma das coisas é gozar com o cabelo do irmão mais novo. Li-o talvez num café enquanto esperava. E hoje lembrei-me dele quando estava num café. À minha frente um casal de irmãos. Ela tinha gestos de carinho para com ele e ele ficava nitidamente embaraçado. Eram parecidos. Cabelos louros. O mesmo nariz. A determinada altura ela tocou-lhe no cabelo e ele afastou-se violentamente. Tudo menos aí, disse com os olhos..

Há umas semanas saí com uns amigos. Jantar e um copo. Fomos até à Lux já era perto das duas. Não chovia. Lembro-me disso porque levava os Nike Free Run. Depois de alguns cigarros na varando, em que apenas fiz companhia, viemos para dentro. Estava cheio. Como é normal. Com miúdas giras. Como é normal. Com pessoas cool. Como é normal. Com música com batida. Como é normal. Dois deles não escondiam ao que iam. Percorrem o espaço à procura de miúdas. Não sei como conseguiram ver para além de silhuetas. Restava eu e mais outro. Num espelho ou vidro vê o seu reflexo. E são gestos e mais gestos para ajeitar o cabelo. fiozinho atrás de fiozinho. O que foi? pergunta. Nada. bebo mais um golo. Afinal sempre sei a história do puto.




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