Havia uma rapariga na faculdade que todos os dias bebia uma coca-cola. Vi-a sentada enquanto bebericava por uma palhinha. Tinha o cabelo castanho comprido. Penteado com risco ao meio que lhe caia para o rosto. Conheci-a no dia em que precisámos de mais um para o King. Ela ganhou-nos. Soube mais tarde que ela tinha um blog. Era um bom blog. Nunca mais recordei o endereço. E tenho pena. Porque é dela um dos mais bonitos textos anónimos sobre o gostar de alguém. Quando terminou o curso foi copywrither. Imagino-a a pensar em frases e textos para os clientes com uma lata de coca-cola em cima da secretária. Voltei-a a ver há umas semanas. Pelo Facebook, que é como se encontra as pessoas hoje em dia. É hospedeira de bordo de uma companhia árabe. Reconheci-lhe pelo sorriso na fotografia de perfil. O mesmo sorriso quando bebia coca-cola e nos ganhou a todos no King. Foi ela que me emprestou o livro de poemas que tem o meu preferido "Having a Coke With You".
terça-feira, 14 de maio de 2013
A rapariga da lata de Coca-Cola
Havia uma rapariga na faculdade que todos os dias bebia uma coca-cola. Vi-a sentada enquanto bebericava por uma palhinha. Tinha o cabelo castanho comprido. Penteado com risco ao meio que lhe caia para o rosto. Conheci-a no dia em que precisámos de mais um para o King. Ela ganhou-nos. Soube mais tarde que ela tinha um blog. Era um bom blog. Nunca mais recordei o endereço. E tenho pena. Porque é dela um dos mais bonitos textos anónimos sobre o gostar de alguém. Quando terminou o curso foi copywrither. Imagino-a a pensar em frases e textos para os clientes com uma lata de coca-cola em cima da secretária. Voltei-a a ver há umas semanas. Pelo Facebook, que é como se encontra as pessoas hoje em dia. É hospedeira de bordo de uma companhia árabe. Reconheci-lhe pelo sorriso na fotografia de perfil. O mesmo sorriso quando bebia coca-cola e nos ganhou a todos no King. Foi ela que me emprestou o livro de poemas que tem o meu preferido "Having a Coke With You".
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11 comentários:
Adorei. Não conhecia o poema e gosto ainda mais quando conheço coisas novas. Não te conheço mas confesso que fico sempre sem saber se os textos que escreves são verídicos, baseados em episódios/ experiências verídicas, ou pura ficção. Acho que devem ter sempre um que de inspiração na vida real...transportada para a fantasia. E sinceramente não sei se quero saber o nível de "veracidade" dos teus textos. São reais porque tu os imaginas e os contas? Não sei...
cabelo comprido... (SG)
O poema é muito bom.
é uma mistura. Meio verdade, meio ficção. Como em tudo o que é escrito, não é verdade?
Obrigado. Já corrigido.
De nada... é tique profissional. Continuo a gostar mesmo muito do que leio por aqui. (SG)
SG são iniciais?
Sim, que publicidade não faço...
Agora estou bastante curioso...
Porquê? (SG)
Porque assinas com iniciais, porque dizes que não queres fazer publicidade. É tudo muito enigmático
Não era para ser. Assino porque não quero ser anónima, mas acontece que as minhas iniciais também são uma marca e nem sequer é a que eu gosto. (SG)
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