segunda-feira, 24 de junho de 2013

O homem moderno, a sério



Há uns anos li a minha primeira GQ. Algumas reportagens. Alguns artigos. Alguns conselhos de como comprar as jeans perfeitas ou o fato para o trabalho. No fim, assim meio camuflado, perfumes, hidratantes, after shaves e géis de banho. Adjectivos utilizados era moderno e preocupado. O objectivo impressionar com pele cuidada as mulheres. 

Depois, veio o exagero. Uma espécie de quem não tem nada e depois tem tudo. Muitos cremes. Muitas preocupações. Muitos perfumes. Muita depilação, em todo o lado. Anúncios publicitários dirigidos a este homem. A promessa de peles imaculadas. Embalagens de tudo perfeitinhas para expor como para usar o conteúdo.

Passaram uns anos.

E veio a novidade. Perceberam a diferença. Um velho princípio: tratar igual o que é igual, tratar diferente o que é diferente. Voltaram a nascer as barbearias. Um espaço de homens. O corte com a lâmina e máquina em vez da sempre sempre tesoura. A barba feita à lâmina. O ritual da toalha quente em vez de 1500 cremes para preparar a pele. E o homem voltou a tentar perder tempo consigo pelo único exclusivo prazer de perder tempo consigo. Tal como era feito há uns anos. A ida ao alfaiate. A conversa com um jornal na barbearia. São pequenos prazer. E as marcar perceberam.

Kiehl's
Barba Rija
Baxter of California

 

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