terça-feira, 27 de agosto de 2013

Desaparecer Como Salinger

A barra azul do Facebook em cima diz-me que tenho uma mensagem. E é o link para um filme sobre Salinger. Já tinha escrito sobre o o seu livro mais conhecido.
 
I got Salinger!
 
Salinger tem a minha atenção. Pelo que escreveu. Pela pessoa que foi. O ter-se "escondido", como se ele não fosse importante. Com o ter continuado a escrever. Todos os dias escrevia. Não sei se alguma vez alguém deitou mão ao seu espólio. Aos seus escritos. Porque ele um dia desapareceu. Deixou de publicar. Acabou. porquê?
 
Três assassinatos foram cometidos. Os três assassinos referiram o seu livro.
 
 
Salinger impediu que fosse publicado um livro de ficção sobre Holden. Nunca permitiu a adaptação cinematográfica daquele seu livro. Depois da sua morte os seus agentes disseram que nada mudou nessa questão.  E quem queria os direitos eram nomes pesados. Elia Kazan e Steven Spielberg.
 
A verdade é que a vida de Salinger está recheada de questões. O que escreveu apenas levanta mais curiosidade. O que faz com que. Mais uma vez recorro a ele, Bukowski tenha razão: dantes a vida dos escritores ao menos era interessante.
 
Quem me enviou o link foi uma pessoa que lê o blog. E eu agradeço. Não são milhares de visualizações diárias. Nem 1500 comentários por dia. Mas isto assim tem mais piada.
 
 
 
 
 
 

4 comentários:

Pulha Garcia disse...

No último almoço falámos sobre isso, vejo Salinger de modo diferente. É indiscutível que tinha carisma e até uma visão. Representava uma sociedade - a americana da década de 50/60 - que vivia amordaçada. Mas, dito isto, não gostei do Catcher in the rye. Percebo porque é que se tornou um livro de culto mas não acho que Salinger seja um bom contador de histórias. Em livros prefiro os contadores de histórias ... you know that.

Forte abraço (que tal as vistas?)

Ps- Bukowski nunca falha.

E disse...

Compreendo a tua perspectiva. Preferes historias quem refira viagens - em livros, diga-se. O que faz com te deixe uma pergunta: gostaste de "Liberdade" de Frazen? Porque, tal como Salinger, acompanha ima família. Não será uma história per si.

E Bukowski é o maior. Não há duvidas. Vou começar dentro de dias um livro que talvez tenha algumas influencias deste Sacana.

Almoçamos esta semana?

P.s. - engraçado que, tal como tu, prefira ler historias, gosto mais de escrever "viagens".

CatParkinson disse...

Li o Catcher in the Rey por recomendação do meu irmão que queria muito que o lesse por causa da relação que Holden tinha com a irmã (entre outras coisas claro). Gostei muito. Marcou-me a palavra phoney...pelo seu significado e por ser o exacto oposto da palavra bonafide, uma que gosto ainda mais. Também acho que tem mais piada!

E disse...

e é uma excelente razão para que quisesse que o lêsses. A relação deles, a meu ver, também mostra uma das coisas que Salinger era perito, na ideia de que não se queria crescer. Por alguma razão ele sempre teve uma predilecção para escrever sobre teens. E, isso é que era importante, fazia-o bem.
Para o ano, ou no próximo, veremos, irão ser publicados 5 livros póstumos de inédito.