quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Ryan E Eva

É assim que começa as deambulações de uma quinta-feira de Setembro. Rayn e Eva são os novos Steve e Ali. Os óculos que Rayn usa até são da marca que Steve popularizou. E isto porque vi a imagem no blog do Mexia. Mas o que quero é que comece de novo o Governo Sombra.
 
Eu não sou Ryan. Nem sou Steve.
 
Hoje de manhã bebia café no Nicola ainda não eram oito. Tive de esperar que a máquina aquecesse e tudo. O menino pode-se sentar que depois levo o cafézinho, disseram-me. Eu agradeci com o meu melhor sorriso. Pelo menos o que era possível àquela hora.
 
Quando me sentei comecei a ouvir um poscast que tinha há algum tempo em lista de espera. Ao meu lado um senhora comia uma torrada. Uma torrada deliciosa pelo aspecto. Ela parecia uma versão actual, quanto for possível, de Maria Callas. Escondida por detrás de uns óculos pretos enormes. Mas era elegante. E eu comecei a ouvir o podcast. Era uma entrevista da valter hugo mãe. Escrevo com letra pequena porque ele gosta mais, mas apressa-se a dizer que não se importa por ali além de ver escrito com maiúsculas. E é aqui que a coisa é interessante.
 
Entretanto o meu café chegou. Volto a agradecer com o meu melhor sorriso. A senhora ao meu lado pede também um. Já comeu a torrada toda.
 
Ele, valter hugo, escreve com minúsculas porque tem um efeito de tornar o texto mais limpo. E porque esteticamente acha mais bonito. Será sempre assim? pergunta o entrevistador. Não quero fazer de mim um dogma e dizer que sim, não sei, responde.
 
Levo a chávena ao balcão. Pago o meu café e o relógio diz-me que ainda é cedo. Vou dar uma volta pela a baixa antes de subir para o escritório.
 
Quando comecei o blog era mais diário. Tinha o título com a data em que escrevia. Depois comecei a escrever títulos com frases de livros, filmes, músicas. E depois ele teve parado durante anos. Perdi o gosto por isto. Até porque tentava escrever com piada. Como era mau nisso. Não tinha piada, era apenas embaraçoso. Depois, voltei.
 
Cheguei ao Terreiro do Paço e fui ao Cais das Colunas. Lisboa só tem piada depois de uma vez, pelo menos, se ver o dia começar aqui. Li isso num livro e acho que existe alguma verdade. Começar e acabar. Mas acabar já tinha visto.
 
Quando voltei a escrever o Ego veio depois do E. Que veio de Eric, do Entourage. E ainda hoje não sei explicar porque é uma das minhas séries preferidas. Mas mudou a forma de escrita. Alías, tem vindo a mudar. E como encaro isto. Mudo sempre. Recuso também a ser um dogma. Agora, quase nem coloco imagens.
 
Vou para o escritório. Subo a Rua Nova do Almada. Parece que já andei quilómetros esta manhã.
 
E agora, com isto assim, tive uma proposta de ser editado. Se se pode chamar uma proposta. Um dos meus contos foi cativante o suficiente para ficar em papel em vez de ficar na internet. O que é engraçado querer se publicado em papel. Afinal é um meio mais perecível que a web. mas quero. mas não aceitei a proposta. Não era a certa.
 
Quando cheguei ao escritório vi que o Mexia tinha voltado. mas eu gostava era mesmo do Governo Sombra. Mas por agora fico-me com o Mexia. Onde tem aquela imagem. Que me levou para Steve. E que me levou para tudo o que escrevi em cima.
 

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