domingo, 1 de setembro de 2013

Segredos Da Capital E Do Sado

Como num filme europeu. Em que o plano é único e as personagens é que se deslocam. Estou sentado na cama e olho para ela em frente ao espelho da casa-de-banho enquanto se despacha. O cabelo castanho cai-lhe para as costas. Os olhos ganham mais cor. As faces mais suaves. Tudo enquanto continuo sentado. O The Black Cat senta-se aos meus pé e pede festas com um miado. 

Um pouco depois estamos sentados na esplanada no Cais da Pedra. O sol torna o rio mais claro. E nós, frente a frente. Comemos com gosto. Falamos sobre tudo e sobre nada. Rimos. Rimos muito. Porque eu digo parvoíces e faço parvoíces. Dalí a umas horas estamos a ver Setúbal e o Sado de cima. Mas estaremos ali por pouco tempo. É altura de ver o final de verão na festa da aldeia. Em Palmela o vinho e o moscatel ainda são doces. Mas ainda há o domingo. Aquele domingo. E ainda existem golfinhos no Sado na sombra da Arrábida. 


Sem comentários: