Foram nossos convidados. Começou com uma SMS. Almoçamos? Perguntou-me. Boa, vamos ao mesmo sítio? Sim. Vou mandar SMS aos tipos. Boa. O que foi engraçado quando nos sentamos os quatro à mesa. Porque os nossos convidados não combinam um com o outro. Escrevam, diz Maugham a determinada altura, escrevam e voltem a escrever. Só assim se consegue. Bukowski emborca a sua cerveja de um só gole. O raio com a escrita, escrevam porque querem, porque gostam. Um fala de forma calma e educada. O outro em voz alta e ri-se sozinho das suas piadas. E nós gostamos dos dois.
No final do almoço, já na rua cada um deles acendeu o seu cigarro. Não devias fumar, disse Maugham a Bukowski. Que se foda essa merda, pá! Respondeu. Nós ficámos ali a olhar para eles. Depois cada um segue o seu caminho. Eles esfumam-se no ar. Um de nós sobe a rua Garrett. O outro desce.
Até à próxima.
3 comentários:
Que giro :)
Achei curioso o comentário, achares giro ;)
Maugham sempre foi mais cerebral, uma espécie de Eça refinado e contador de histórias. Bukowski sempre foi mais embrutecido, uma espécie de soldador da Lisnave com direito a Super-Bock.
Forte abraço sacana. Vou estar atento à curva da Luísa Todi.
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