Sucedeu que esta noite dormi pouco. Há noites assim. Em que as ambulâncias que passam na rua impedem as pálpebras de fechar. Em que a luz pela frincha ilumina mais do que devia. Em que o travesti e vizinho de cima passeia-se de saltos pela madrugada quando chega da noite. Em que talvez tenha bebido mais cafés do que devia durante o dia de ontem. Nada tenho contra estas coisas - São vicissitudes de viver na cidade. É como sair à noite e apanharmos uma noite dedicada ao disco sound. É engraçado às primeiras músicas.
Hoje é sexta. Dia em que, por vezes, deixo o fato em casa. Chamam-lhe casual friday. Eu chamo-lhe dia da hipocrisia. O perfecto não vem. A t-shirt também não. Os Vans não vêm calçados (voltei a encantar-me pelo Vans nestes dias). Vem, como noutros dias uma camisa, e umas jeans, umas Levis 508. E uns sapatos, claro.
Ontem foi dia de cortar o cabelo. O meu barbeiro das tatuagens e com autocolantes da A.P.C. não estava disponível. Não sei dele há uns tempo. E isto de cortar o cabelo é uma coisa lixada. Entreguei a melena a uma cadeia de cortes em fornada. Vale que não só cortam como nos fazem uma massagem.
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