quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Catarse

 
 
O blog, alimentado apenas pela minha vontade, tem, desde cedo, mostrado ser um organismo vivo. Um amigo meu, que também tem um blog, diz que todos têm uma certa linha editorial. E é verdade. Mas que no meu caso tem sido flutuante. Contudo, se pensar mesmo muito, quero com o blog manter a minha vontade - não necessidade - de escrever. Não tenho necessidade de escrever. É verdade que penso enquanto escrevo. Mas dizer que há uma forma na génese para escrever, é demasiado. Escrevo porque gosto. Porque quero. Porque tenho a vontade. Houve tempos em que alimentava a esperança de o que escrevia ser do melhor que há. Depois uma coisa simples como a realidade mostrou-me que não. Era simplesmente palavras embrulhadas em frases que escorregam para parágrafos.
 
Ah, realidade, como és demasiado dura.
 
Até há uns tempos atrás, não sei precisar quando, achava que se devia escrever sempre com frases demasiado elaboradas. Carregadas de adjectivos. Frases longas. Com as virgulas a mandarem no ritmo. Essas coisas todas. Depois, não sei porquê, achei que simplesmente era desperdício. A realidade é muito simples. Por isso deveria escrever de forma simples. Os sentimentos humanos, isso, são complexos. Mas não tenho a pretensão de conseguir escrever essa realidade de difícil apreensão.
 
Saber as limitações é o primeiro passo para a felicidade.
 
Não sei onde li a frase em cima. Mas não é minha.

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