sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Arte Entre Dois Velhos Amigos

Trabalho com várias pessoas. Homens, mulheres. Pessoas interessantes e pessoas desinteressantes. Encantadoras ou aborrecidas, segundo Oscar Wilde. Uma dessas pessoas, um tipo mais velho, casado e pai de filhos, partilha do meu gosto por quadros e fotografia. É normal enveredarmos em raides por galerias aqui perto. No outro dia perguntou-me se tinha 20 minutos no almoço. Sim, respondi. Vamos ali a um sítio. Quando chegámos era para me mostrar um quadro que andava a namorar há algumas semanas. O que achas? perguntou-me. 
 
Descobre-se muita coisa sobre uma pessoa pelo tipo de arte que gosta. Ainda que a própria definição de arte seja amplamente discutível, não se deixa de aprender algo quando alguém se apaixona por uma pintura feita por alguém. Uma fotografia disparada. Um filme produzido. Um livro escrito.
 
Já num destes dias descobrimos que ambos gostamos de retratos. De todas as fotografias ambos temos preferência por esse tipo de fotografia. Antes de paisagens e objectos, retratos tem a nossa preferência. Eu é porque gosto de pessoas. Mas curioso foi a palavra que ele utilizou quando lhe disse que prefiro retratos quando o rosto das pessoas não é visível. É que consigo estabelecer uma linha desta minha preferência até ao meu quadro preferido, o Wanderer Above The Sea Of Fog.

3 comentários:

Kapu disse...

Medo. O que dirá de mim o meu enorme gosto por Miró?? :D

E disse...

Não faço ideia, mas depois diz-me, que por cá também se gosta bastante.

Kapu disse...

Não sei se queres que te diga E...cheira-me que não será bom...;)