quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Hoje

Estou deitado no sofá de olhos abertos. Uma infecção jogou-me para casa fechado entre portas. O The Black Cat dorme aos meus pés. A televisão está ligada mas tirei-lhe o som. Estava a ver um filme. Mas já o conheço de trás para a frente. Decorei as falas. Conheço as mudanças de cena e de luz. A box da televisão diz que são onze horas certas. Em cima da mesa do centro da sala está The Catcher in The Rye de Salinger. A luz da sala muda com a luz da televisão e as sombras da rua nas paredes brancas da sala. Os sofás são cremes. As almofadas a condizer. E depois a cor está espalhada em jarras e velas criteriosamente espalhadas e colocadas nos sítios certos. As paredes da sala têm dois quadros. Um do skyline de tóquio em tons azuis e brancos e um desenho de um quadro de Matisse, The Dance. The Black Cat boceja mas continua a dormir. Volto a olhar para a box. São agora 11 horas e 9 minutos. Há umas horas que sei do concurso da Granta. Fui avisado. Mails e mensagens. De tudo o que está escrito excertos estão por aí. Tenho de começar do zero. Há umas horas que penso numa ideia. Qualquer coisa. Uma pessoa, uma personagem. Qualquer coisa. 

5 comentários:

Pulha Garcia disse...

As melhoras, bom velho. Um abraço.

(sempre a chamar a atenção, pá)

CatParkinson disse...

As melhoras! Quanto ao começar do zero...sempre me disseram...a sorte favorece os audazes! (como é que isso se pode aplicar à escrita não sei bem mas acho que pode ajudar)
Beijinhos

Mafalda Beirão disse...

Mais uma vez, as tuas melhoras! :) E sim, trata de pôr a mão na massa e escreve. Já sabes o que acho! :)*

CAP CRÉUS disse...

As melhoras, pá!

E disse...

Pulha,

Temos de almoçar, pa!

Cat,

Obrigado. Vamos ver. Preciso de uma ideia.

Melody,

Sim, sei. Mas o que esperar de ti? ;)

Cap Créus

Obrigado, pá!