terça-feira, 22 de julho de 2014

São 23h30m

No momento em que começo este texto. A casa está às escuras tirando a luz do portátil O gato deitado algures. Não o vejo. Talvez esteja aninhado junto a Ela. Desde há horas deitada com dor de cabeça. E eu acordado. Com tempo. Com demasiado tempo para pensar. No que quero. No que não quero. No que me vem à cabeça. Como os videos que têm partilhado. Aquele, do muçulmano, que é julgado pela aparência. Por esse cliché que todos caem de julgar os crentes dessa religião como terroristas em potências.

Há uns meses disse que não julgava. Mas julgo. Mas procuro não julgar. Mas continuo a julgar. Um colega de trabalho - daqueles bons, com quem aprendemos - diz-me que ele próprio julga, mas não se força a não julgar. Força-se a aceitar. E eu acho que é uma ideia bonita.

São, neste momento, 23h38m, demorei 8 minutos a alinhavar ideias soltas. Ideias que não são nada. Mas gostava de assinalar duas coisa. A primeira é que pela primeira vez, em muitos meses, senti vontade genuina de escrever. Carregar em teclas. A segunda é que vou para o lado D`Ela. Onde devo estar.

2 comentários:

Mam'Zelle Moustache disse...

É sempre bom quando, do nada, surge de novo a vontade de escrever.
É bom também quando sentimos que é à beira de determinada pessoa que devemos estar.

Duas coisas bonitas, portanto :)

Sue disse...

Eu acho que ela inventa dores de cabeça, só para te ter mais tempo ao lado dela e só para ela ;)