sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Diário De Um Pintassilgo

Descia a Quinta Avenida depois de ter ido ao Barney comprar uns sapatos. Acho que são mesmo fixes. Hoje à noite vou ter com Ela. Vamos comer sushi e depois ir até um lado qualquer. Talvez aproveitar um rooftop que ainda não faz muito frio. O vento começa a soprar, mas aguenta-se.Por mim passam tipos de fato com o nó da gravata alargado. Faz-me confusão estes tipos. A mim também me custa, mas a gravata tem de estar sempre perfeita. Mas não podia esperar deles outra coisa, enfiados nos seus fatos dois números acima em nome de um conforto demaselado. Parvos! Aprendi estes pequenos truques com a minha mãe. Ainda me lembro onde e quando. Puto, ela foz-me buscar ao colegio. Fomos ao MET e foi ali, enquanto comia um gelado nas escadarias, que a minha mãe me endireitou e aprtou a gravata da farda e me disse que tinha de estar perfeita. Easta merdas ficam na cabela de um gajo. A minha mãe é o cúmulo da elegância. E isto é um fardo e uma vantagem. Mas Ela supera-a. Adoro o seu corpo empinado nos salto altos elegantes. Porque isso faz dele uma verdadeira habitante deste lugar. Descobrimos sempre quem são os turistas patetas de câmaras em rista. Elas não sabem andar em saltos. Talvez sabem, se for meia dúzia de metros. Correr não é com elas. E aqui, toda a gente corre.

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