Não é apenas mudar a aparência. Isso é um corte de cabelo diferente. Um look diferente que se adopte. É no caso uma mudança, literal, de cara, de rosto. Isso é tremendamente assustador. Deixar de ser ser quem se é visualmente. Sou completamente a favor de plásticas. Faça quem quiser. Aumente a pila. Ponha mamas. Encha o rabo. Um nariz diferente. Lábios grossos. O que for. Mas no fundo continua-se a ser a mesma pessoa. Apenas um pouco diferente. Talvez mais apelativa - para uns - com maior auto-estima. Porque temos de percorrer a vida com o que temos. E todos tentamos mudar, com dietas, com exercício no limite mínimo.
Agora, quando o espelho não tem resquícios daquilo que se foi, é uma ilusão. Um abandono do ser. E deixamos de parte pessoas que têm claramente deficiências. Para essas a plástica é a solução de passar pelos anos com uma sensação de normalidade. No caso da René, alterou-se este paradigma. Ela passava pela vida já com essa sensação. Mas algo dentro dela fez torna-la anormal no simples aspecto de querer ser outra pessoa.
Porque, umas calças novas. Uma blusa nova, mudam-nos. Andamos de força diferente. Mexe connosco. Sentimo-nos diferentes. Renovados, quase. No caso dela, ele é literalmente diferente. Por isso é normal que seja uma pessoa diferente.
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