domingo, 26 de outubro de 2014

E Se Tudo O Que Nos Disseram Estiver Errado?




Há pouco mais de no ano li um artigo que me fez olhar para tudo o que tinha na cozinha de uma forma diferente. Algo, que se pensar bem, não sei como nunca me tinha apercebido muito bem. A influência no organismo de alimentos processados. E, até que ponto, podemos chamar mesmo de alimentos.


Quando falei desse artigo, pela primeira vez à mesa de um jantar com amigos, chamaram-me louco. Disseram que não estava a ver bem. Como poderia um artigo colocar o que sempre soubemos desde crianças como certo. Desde novos que comemos pão. Desde cedo que comemos massa e esparguete. Não podem fazer mal. E também me disseram que enlatados, massas e conservas são aquilo que é pedido nas recolhas alimentares.


Não tinha a resposta a tudo. Mas comecei a procurar sobre o assunto. Na altura tinha começado a praticar crossfit e a associação de exercício a uma cultura alimentar correta estava muito presente. Comecei a ter feedbacks de várias pessoas que tinham eliminado os "não alimentos" da sua rotina. E como se sentiam melhor.


Em casa abandonei a alimentação praticamente vegetariana. Testei. Tentei. Ajustei-me. Analisei-me. Mandei vir livros da amazon.  Tinha descoberto um novo interesse. O envenenamento que sofremos desde que somos crianças. E, lentamente o corpo aprende a viver com isso. Com o tempo apercebi-me da intolerância ao glúten. Tal como a minha mãe.


De repente alguma coisas começaram a parecer-me estranhas. Quando os bebés são pequenos fazem-se papas de vegetais, carne e/ou peixe. Mas quando começam a ser maiores começam a dar-se bolachas maria e pão. E nada daquilo me faz sentido.


Este fim-de-semana vi, pela primeira vez, o filme do trailer em cima. Quase um ano depois de ter mudado a minha alimentação. E quis partilhar aqui. Porque, este é um espaço meu. Onde por vezes, livros, Afectos, e ténis, têm de ser substituídos por algo mais importante.

5 comentários:

MissLilly disse...

Felizmente nao crescemos na america. A alimentacao que faziamos quando eramos pequenos em portugal ainda era mto ha base de produtos locais. O pao q cresci a comer vinha de uma padaria local (a farinha era portuguesa e os produtos bons), nao vinha com injeccoes de acucar em cima como se faz actualmente. A comida que actualmente compramos no supermercado ja nao e tao fresca como a que comiamos quando eramos miudos. Mas lembro-me que na escola havia sempre soupa e carne / peixe cozido. Comia-se bem. Actualmente e so porcarias, na america entao e um problema nacional.
Acho que em Portugal ainda e facil encontrar comida boa e saudavel, mas ha cada vez mais a tendencia do enlatado e do rapido. Cabe-nos a nos disciplinar-nos. Quanto a alimentacao nas escolas, e manter debaixo de olho.

Nada disse...

Sou uma pessoa que assumidamente come mal e tem consciência disso...mas o trailer interessou-me e muito, vou ver assim que possivel.

E disse...

MissLilly

Na América ou cá as coisas são atualmente iguais. Tens razão quando dizes que quando eramos mais crianças não comiamos tão mal. É um pouco verdade. Mas comiamos bolachas maria e comiamos pão. E o pão, de agora ou de antes, é mau. Farinha sal e água. E a farinha, qualquer farinha, é feita pela "destruição" de um alimento moendo-o. E isso conta como alimentos processado. Acresce que a farinha de trigo contém gluten (que nalgumas pessoas a intolerância é maior, noutras, na grande maioria, o corpo aprendeu a viver com isso, mas não implica que seja bom).

É preciso é olhar para de que os alimentos são feito e como. E alertar as pessoas. Alertar que a comida pode ser boa, com sabor, mesmo que isso implique retirar algumas coisas. Porque a regra do consumir tudo em moderação é apenas o mal menor, é a receita para quem não se quer compremeter.

E disse...

Nada,

Vê. E depois falamos ;)

Heriwen disse...

Ainda bem que surgem filmes como este para alertar consciências.
Sou médica, vejo o efeito a longo prazo de alimentações descuidadas.
Pratico bastante exercício, e sempre tive uma alimentação pobre em comida processada. Sou aquela pessoa que lê os rótulos dos alimentos. E isso reflete-se a nível de saúde.
Mas é extremamente difícil ter estes cuidados, que para mim são já rotina, numa sociedade que teima em rotular este comportamento como "estás de dieta?". Dou por mim a desistir de tentar explicar.