sexta-feira, 24 de julho de 2015

Corre o ano 2015 - III

Voltei a casa dos meus pais depois de ter ido ao SBSR. Descansar quando o corpo já não aguenta 3 noites seguidas intercaladas com trabalho (arrastado) à secretária. Foram dias difíceis que faço em prol de uma juventude. E, vá, em prol de miúdas de calções reduzidos. Mas agora que olho para a BMX que apodrece de ferrugem de quando tinha 15 anos dou-me conta da idade. Merda! Pedalava durante dias. Agora dancei duas noites ao som de dEUS e Florence e os pés queixam-se. Mas não podia deixar de dançar. O Pedro e o João arranjaram conhecimentos na fila para a cerveja. Espanholas. Eram giras. Acho. Era de noite e estavam subterradas em pinturas faciais. Mas pareciam ter boas mamas. Pareciam, com os truques de hoje em dia, um gajo sabe lá. Não me calhou nada em nenhuma das noites. Acho que perdi o Mojo. Mas dancei e fingi que era puto. Foi divertido. Agarro na bicicleta e, mesmo ferrugenta, vou pedalar antes de almoço.
 
 
Entro no meu quarto depois de almoço para dormir a sexta. O Cão , velho, coxo e gasto segue-me. Deito-me de barriga para cima numa cama pequena no meio de uma divisão ilustrada a posters. Dos Nirvana, aos Ramones, passando pelo poster do Filme do Streets of Fire. O iphone vibra. De Londres chega uma mensagem. A mensagem de uma loira. Faz-me sorrir. Há aquela impossibilidade de ser possível algo que nunca chegará a acontecer. Pergunta-me como estou. cansado, respondo. Pelo meio falamos, elas com o avançar da idade aprumam. Nós perdemos a capacidade de filtrar (ainda) mais. Ela discorda. Estou cansado, acabo por concordar com ela em tudo. Adormeço.

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