sábado, 29 de outubro de 2016

O meu chefe, ou o tipo que coordenava o meu estágio, era um filha da puta. Entre muitas coisas o gajo metia-se com a secretaria. Uma tipa de 30 anos alta. Boa como o raio. Talvez não devesse falar assim, mas era (como será que ela está agora?). Andava sempre arranjada, era bonita. Sabem, bonita como são as mulheres confiantes. Nada de uma beleza tipo raio, mas bonita. Acho que é a melhor forma de a descrever. Não tinha umas mamas muito grandes. Mas o suficiente para chamarem a atenção, e como se vestia bem, era um alvo do meu chefe. Como disse, era um filho da puta. Não sei como ela é que ela o aturava. E eu fazia os recados.

Tinha de ir à labrador (quando ainda era um loja de jeito) buscar-lhe os fatos. Ir aqui e acolá. Podia ir de táxi, que ele pagava (ou a empresa, é-me igual). Reservava-lhe os restaurantes para os almoços. Lia os jornais para ver se apareciam notícias sobre algum cliente. Era isso tipo de coisas. Mas o que eu gostava mais era de ir ao escritório de um amigo dele levar documentos.

A única razão porque gostava de lá ir era por causa da rapariga que trabalhava com ele. Não sabia a idade. Mas isso era indiferente. Olhava para ela com aquele desejo de ah como eu gostava, mas sabes que nunca vais conseguir. As pernas dela davam-me pelo peito quase. Não conhecia nenhuma marca que usava. E eu vestia fatos baratos da zara. E era um fedelho. Um fedelho cheio de tesão. Talvez ainda tinha bobulhas (se não tinha, aposto que ela achava que sim).

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