Bukowski escrevia quando se sentia zangado. Fitzgerald escrevia porque sim. Murakami escreve como se corresse. Tom Wolf escrevia como se tirasse uma fotografia com o filtro da sua imaginação?
E eu?
Eu escrevo porque gosto. Mas depois porque me apetece. E só se tiver a música certa. mas não consigo escrever nada mais longo que um conto. E quero escrever mais. Mas falta-me ali a vontade de continuar. Um amigo meu, aquele que partilha comigo o nome, diz que é a tusa da escrita, tal como a tusa de manhã. É uma ilusão. Falta-me uma história. Personagens tenho. Algumas passeiam-se pela música de Lana Del Rey. Há quem diga, insultando-me, que escrevo como ela canta. Eu e ela. He and She. A escrita com música. Agrada ao início é vazia de seguida. Que se fodam, digo eu. É ela que me interessa, e não Lana. mesmo que só use ténis de tempos a tempos. Por mais que lhe diga que adora a sua versão mais desportiva. Mesmo que ela me diga que nunca vai usar um blusão EN|NOIR porque não gosta do barroco. O iPhone vibra com o toque que tenho para ela. Pergunta-me o que estou a fazer. Digo que estou a escrever enquanto me lamento. Ri-se do outro lado. O riso que me interessa. E a seguir, o que vou fazer, pergunta-.me. Vou correr. Até já, diz-me então.
4 comentários:
Não fosse a preferência por Lana Del Rey podia jurar que sei quem tu és. Vocês, homens que bem escrevem, têm preferência pelos mesmos autores.
Achas que sabes quem eu sou? agora fiquei curioso...
Há coisas aí que me lembram muito alguém que eu conheço. Mas essa pessoa não tinha o gosto por modo que tu tens. Há algumas incompatibilidades :)
Nunca se sabe. Há pessoas que simplesmente não dizem o que acham quando estão perto de outras, preferem guardar para si ou escrever em vez de falar. Há uns amigos meus que não sabem que eu sei a diferença ou por nome mais do que dois pares de sapatos femininos nem mais do que duas marcas de ténis. é como tudo ;)
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