segunda-feira, 4 de março de 2013

Odeio ruas abandonadas cheias de gente



A respeito desta crónica (aqui). Com referência a esta (aqui). Pensei durante a hora de almoço. Porque li ambas no iPhone sentado no Largo de Camões. Com o sol frio que se sentia. Não sei se escrever é uma tortura, como Roth disse. Ou dizem que disse. Eu gosto. Sabe-me bem. Desde que tenha uma ideia. Mas tem razão. Maior parte das coisas são más. Eu desisto a meio do que escrevo. Parecem palavras tristes. Abandonadas em enterros naqueles cemitérios com ervas daninhas em volta das campas. A verdade é que não abandonando metade, vem para aqui muitas outras coisas. Coisas que falo sem saber. Como de ténis ou imagens de marcas e os seus produtos, roupas. Por vezes ouso e falo sobre a minha perspectiva de moda – a indústria e a de consumo. Bicicletas. Escrevo sobre bicicletas. E Afectos. Gosto disto tudo. E gosto de escrever, não é nenhuma tortura. Tortura é reler. E é aqui que enterro as palavras. As frases. Os parágrafos. Adeus, não voltem sempre. Perdidas. Arregaço as mangas quando chego ao trabalho. Por vezes retiro o relógio prateado. Faz-me confusão o barulho no teclado. Como me faz confusão quem fala alto. Mas não posso fazer nada em relação a isso. Abro a web e volto a ler ambas as crónicas. Mas e se Roth tivesse razão?

3 comentários:

Pulha Garcia disse...

Não te preocupes. Roth não tem razão. Gosto muito da escrita dele mas para mim é um homem perdido no mundo. Tem coisas que me fazem lembrar Woody Allen. Todos riem menos o próprio. Abraço. Ps Let's have lunch next friday?

E disse...

Next friday no can do! Combinamos para depois.

Pulha Garcia disse...

Ok, abc.