quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Vamos procurar o centeio



No início Salinger escreve pela voz de Holden, a personagem principal:

 "Pencey was full of crooks. Quite a few guys came from these very wealthy families, but it was full of crooks anyway. The more expensive a school is, the more crooks it has". 

E faz-me lembrar a minha faculdade. Onde todos tinham carros. Onde todos frequentavam festas. Rumavam para as casas no Algarve no Verão. Todas na mesma localidade. Era como que um prolongar da faculdade. mas sem aulas e exames. Elas tinha vestidos giros e caros e eles andavam com camisas polo de gola levantada. Quase todos acabaram advogados. Mas, ao invés de Holden, eu não fui expulso. Andei lá até ao fim.

Salinger escreve, e Holden diz, logo no início também, que a forma que para ele é um bom livro é quando o termina apetece-lhe ligar ao autor e falar com ele. É um critério como outro qualquer. Um bom critério, se me perguntassem. Mas eu junto-lhe outro, o criar empatia com a história ou com o personagem. E, segundo estas minhas regras, Catcher in The Rye é um bom livro. Porque Pencey faz-me lembrar a minha faculdade. Porque gostava de falar com Salinger. Mas não posso. E porque simpatizo com Holden. O que é que alguém sabe o que quer fazer quando ainda está no liceu? Eu, achava que sabia. Mas acabei por me ver entalado numa realidade que não me seduzia. E eu gosto da lei. do Direito.

O livro é a história de Holden. Em poucos dias à deriva por Nova Iorque. Uma Nova Iorque bem diferente da dos dias de Hoje. mas já com land marks que nos situa. O que torna o livro mais agradável. E J.D. Salinger sabia o que fazia. O livro é responsável pela popularização de algumas expressões.  Expressão que a tradução para portugu~es são apenas ridículas. J.D. Salinger pode não ser o melhor escritor de sempre, mas é, sem dúvida, um dos muitos bons.



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