Rebolava nos lençóis ontem de madrugada. Entretanto tinha ido à rua dar uma volta quando todos dormiam. Vi o céu como não o vejo em Lisboa. Cheirei o que à noite cheira o campo quando a praia está perto. Ouvia o barulho das ondas. Ouvia o pouco vento nas árvores. E pensei, espero que amanhã as ondas apareçam. Isto enquanto ouvia a nova de Arcade Fire.
E agora rebolava nos lençóis. Saltitava entre canais da Meo. Finalmente, às duas, começa o jogo de Portugal com o Brasil. E o sono já era um bocado. E a primeira coisa que penso quando apresentam os jogadores é que o Meireles tem uma barba fixe. Como gostava de deixar crescer a minha assim. Mas, afinal, o que me impede? A merda da barba é minha ou não?
Pelo menos duas vezes por ano penso em deixar crescer. É menos trabalho. E talvez a minha barba até se torne fixe. Mas depois há a comichão. Uma vez deixei crescer 2 semanas. Nas férias nunca é boa opção. Podemos arrepender-nos e depois temos a cara branca. Vi isso acontecer uma vez no liceu com um tipo que usava patilhas. Assim, daquelas mesmo grandes e farfalhudas.
Deixei-me dormir e nao vi o jogo completo.
Acordei e continuava a não haver ondas.
Quão grande é uma barba aceitável? A barba é o cabelo dos tipos. Elas têm mil cortes e penteados tendência. Os tipos têm barba. Ou a ausência dela, também. Este ano elas têm as californianos. Os tipos têm a barba médio cumprimento.
Comprei o jornal no café da aldeia. Têm sempre um jornal para mim. Ainda que vá beber o café perto do meio dia quando começam a servir as primeiras meias doses do prato do dia. Vem o Obama na capa. afinal, é uma data importante.
Vou ter saudades disto quando voltar para a cidade. Talvez até deixe crescer a barba.
2 comentários:
pois acredito que vás ter saudades ,com memórias dessas todos ficavam. por isso é que sempre que posso saio de lisboa e vou passear para longe ;)
http://ocarteiravazia.blogspot.pt /
Felizmente tenho a sorte de voltar quando quiser. É uma especia de Portucel abrigo onde estou.
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