quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Girls, Girls, Girls! And What About the Guys?

Foram duas temporadas. A terceira chegará em breve. Girls, aos molhes. Nada contra. Depois de How To Make it in America não há uma série para tipos. O que é chato. E aborrecido. E, até, algo descriminatório. Entourage era para todos, não conta. Fomos, e somos, órfãos de uma realidade retratada na televisão. A empatia com personagens, parece exclusiva para elas. Fomos, e somos, mais que clichés, do palavrão e da caça às miúdas noite após noite. Até porque podemos envergar a caçadeira mas a presa é sempre mais esperta.
 
Este foi um tema de almoço ali no Chiado. Ela estava à minha frente. Umas colegas dela. Publicitárias, curadoras. Parece sempre que as séries acabam por ser mais verídicas do que aparentam. Quem é a Hannah e a Marnie? Eu sou só o tipo que está ali, naquele momento sentado a comer em silêncio. E eu quero uma série só para li. Quero os Hamptons, como neste livro. E vou passar a usar um fedora. Nunca fui muito de chapéus mas isso não interessa. O que interessa aqui é uma personagem.
 
  

3 comentários:

Mafalda Beirão disse...

Verdade... Mas diz lá que o mundo de Girls não faz um pouquinho sentido para vocês também...? Acaba por ser o mundo de quem está nos (middle/late) 20's e que se vê naquela vida de jovem adulto.

E disse...

Fazer sentido... sim, de alguma forma, é, no mínimo apelativo (não fosse em NYC, ok Brooklyn).


Mas, e até tenho simpatia pela série, mas sabes o que acho que falta sempre? Até porque acho que a série cai num certo preconceito invertido. É que as personagens são sempre retratadas com um certo background em termos profissionais (não me recordo de todas, mas uma wannabe writher e uma curadoura), e todas as personagens que pertençam a um certo mundo corporativo - o namorado/marido da jenna - são retratadas com um certo gozo. Eu percebo, é muito mais apleativo aquela onde de liberdade. Mas que queres, fico sempre um pouco ressentido. É como quando vou depois do trabalho, ou na hora de almoço passear pelo bairro, quando vou ver tenis, t-shirts ou coisas, e as pessoas dessas lojas olham para mim de lado, como se não pertencesse ali.

Soa a ressabiamento? ;)

Mafalda Beirão disse...

Não.
Soa à tua realidade e à tua capacidade de percepcionar tudo de outra forma, com a tua visão tão característica.