Acho sempre espantoso quando a ficção se cruza com a realidade. Ou quando nos apercebemos que a realidade é realmente a base da ficção.
Há uns dias, na season finale de uma série de advogados que sigo (Freud ainda vai explicar como quis ser advogado, tirar o curso, tentar exercer, desistir por me ter desiludido, e no entanto sou um ávido consumidor de séries de advogados) uma das personagens que mais gosto diz a seguinte frase: "se queres ser (advogados) tens de aprender a ter conversas inconvenientes.
Hoje, um administrador, tipo ainda jovem mas de fundas olheiras de noites mal dormidas, com dois cursos e um doutoramento, chamou-me ao seu gabinete como tantas vezes faz. Normalmente quer discutir alguns assuntos. Programar a semana. O mês. Ou algumas coisas que tenha em mente. Não sei porque o faz comigo, nem isso é agora relevante. Mas a determinada altura, enquanto brinca com uma bola de ténis (que já me tinha dito foi a bola de ténis do último ponto do primeiro campeonato do seu filho), diz-me que os cursos, em última análise nada valem. A capacidade de reagirmos a conversas inconvenientes é que vai marcar tudo.
1 comentário:
às tantas viu o mesmo episódio! ;)
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