quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Never Mind

Na hora de almoço desci até à Avenida da Liberdade. Estacionei ao lado de um X6 brilhante de limpo. Saiu de lá, por um lado de fato feito à medida. Botões prateados com caveiras nos punhos. Do outro lado ela saiu com um saia a acompanhar as pernas de um padrão lozango azul e branco que terminavam no calcanhar e sapatos pretos de salto alto. Almocei, curiosidades, na mesa ao lado deles. Ele de cabelo com gel olhava para ela olhos nos olhos. Ela que ajeitava o cabelo cada vez que falava. Nunca atendeu o telemóvel das duas vezes que tocou dentro da sua pequena mala LV.

Mas quando regresso ao carro é que se dá o motivo deste post. Era duas horas e começa o álbum de família da Radar. O MTV unplugged dos Nirvana. Gravado em novembro de 1993. Conhecia os Nirvana pelo seu segundo albúm. O fantástico NeverMind. Puto de calças rasgadas nos joelhos aquele albúm ilustrava a pré-pubertade. O grito de revolta para uns pais que ouviam Rolling Stones e The Who.  Mas hoje era sobre o Unplugge. gravada de uma só vez e não editado. Tocado com as exigências de KUrt. O último registo antes da sua morte. E a última música, naquele último fôlego é a imagem de todo o albúm.

Sem comentários: