Naqueles dias ela tinha
começado a dedicar-se ao pilates. Ainda não formei ideia clara sobre isso. Mas adoro
as costas nuas com que insiste a aproveitar o sol das manhãs de sábado. O gato
parece também apreciar. Deitado na poltrona virado para ela ali fica parado.
Há quem não faça planos
e depois há todos aqueles que têm rotinas. Mesmo que as tenha ainda não decidi que
nome dar ao que faço. Porque espero que ela termine enquanto bebo um americano.
Uma destas parolices que adoptei. Não é um abatando ou um café duplo, é um
americano. Este é um hábito antigo. Acordo, um copo de água e um café que se
tornou um americano. Depois lá saímos para comermos alguma coisa. Combinámos
com uns amigos. Onde eles vestem aquelas camisas com vários padrões e elas boyfriend
jeans ou calções curtos. Ok, eu gosto de cores neutras e t-shirts. Assim sou
eu. E ela? Bem, tomou-lhe o gosto por macacões. O padrão destes encontros,
todos eles e elas têm aqueles fitinhas coloridas para os óculos. O efeito de
massas de tendências.
Somos todos um só. Uma
massa de gostos uniforme onde evidenciamos a nossa individualidade. Encolho os
ombros. As coisas são como são. Como agora, depois da dieta do Paleo todos
fazem jejum intermitente. Aos 30 somos todos intolerantes ao gluten. Não
concebemos como bebemos leite na nossa juventude. Evolução, gritam. Vi num
post no outro dia, argumentam. Aceno com a cabeça enquanto peço um latte com
leite de arroz (ok, não julguem, é o meu preferido).
Sem comentários:
Enviar um comentário